quarta-feira, 14 de abril de 2010

Tendência à obesidade costuma ser definida antes dos 2 anos

Metade das crianças estudadas já eram obesas aos dois anos
Uma pesquisa americana indica que a tendência à obesidade é definida antes dos dois anos de idade.

O estudo com mais de cem crianças e adolescentes obesos, publicado na revista médica Clinical Pediatrics, descobriu que mais da metade deles já estava acima do peso antes dos dois anos. Antes dos cinco anos, 90% deles já demonstravam sinais de obesidade.

Um quarto deles já estava acima do peso aos cinco meses de idade.

Apesar de as razões para o ganho de peso excessivo na infância e adolescência ainda não serem conhecidas, os pesquisadores dizem que alguns fatores que contribuem para isso são uma dieta inadequada, a introdução de alimentos a bebês muito cedo e a falta de exercício.

Hábitos alimentares
Os cientistas também dizem que as preferências alimentares já podem estar definidas entes dos dois anos de idade e que pode ser difícil modificar os hábitos das crianças mais tarde.

Segundo o coordenador do estudo, John Harrington, da Eastern Virginia Medical School, os resultados devem chamar a atenção dos médicos.

“Frequentemente, os médicos esperam que haja complicações médicas antes de começar o tratamento”, diz ele.

“Fazer com que pais e crianças mudem hábitos arraigados é um desafio monumental, repleto de decepções. O estudo indica que pode ser necessário discutir ganho de peso inapropriado no início da infância para que haja uma redução significativa na atual tendência de obesidade.”
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/02/100213_obesidadeinfantil_is.shtml

Menino obeso de 5 anos retrata geração que 'pode morrer antes dos pais'

Leon, de 5 anos, pesa 65,9 kg (Foto: BBC)
A luta de um menino de 5 anos contra a obesidade mórbida foi o destaque de um documentário da BBC sobre uma epidemia de males infantis que poderiam ser evitados e que, segundo médicos, podem levar integrantes da atual geração de crianças britânicas a morrer antes de seus pais.

Leon, de 65,9 quilos, é uma das 200 mil crianças atendidas anualmente no maior hospital infantil da Europa, o Alder Hey, de Liverpool, na Grã-Bretanha.

O programa Panorama, exibido na terça-feira pela BBC e assistido por 3,6 milhões de espectadores, mostrou parte da rotina do menino em casa, onde vive com a mãe e a avó. Para ir e voltar da escola, ele é transportado em uma cadeira de rodas, por não ter disposição para caminhar.

O programa também "flagrou" Leon comendo bolo de chocolate e um prato de cereal com leite e frutas na frente da televisão, minutos antes de jantar, apesar das recomendações do pediatra quanto à sua dieta e atividades físicas.
Em entrevista ao repórter da BBC, a mãe do menino disse que ele mantém uma alimentação saudável e está praticando exercícios.

Dentro de casa
A obesidade em crianças e adultos é um dos maiores problemas de saúde pública na Grã-Bretanha. O número de internações no país por causa de doenças resultantes do excesso de peso aumentou em aproximadamente 60% entre os períodos de 2007/2008 e 2008/2009.

"Nas crianças, o problema está relacionado a fatores como os pais trabalhando a maior parte do dia, a quantidade de horas passadas em frente à TV, o tempo dedicado a atividades físicas e o tipo de alimentos que elas ingerem", explicou à BBC o pediatra Mohammed Didi, do hospital Alder Hey, que acompanha Leon.
Segundo ele, é o que acontece dentro de casa que determina a saúde da criança.

No mesmo hospital, a reportagem da BBC encontrou crianças com menos de 6 anos de idade sendo submetidas a cirurgias com anestesia geral para a remoção de dentes de leite careados.

Kaitlyn, de 5 anos, por exemplo, foi internada para ter oito molares extraídos - quase metade de seus dentes.

Segundo o cirurgião-dentista Rod Llewelyn, o problema foi causado pelo excesso de açúcar na alimentação da menina, o que sua mãe confirmou, citando a paixão da menina por doces, ketchup e refrigerantes.

Desvio de recursos
Apesar de não ameaçar diretamente a vida das crianças, as cáries prematuras respondem por mais da metade das mil cirurgias realizadas no Alder Hey a cada ano.
O hospital também interna anualmente de 500 a mil menores com problemas de saúde provocados pelo fumo passivo.

Somados a internações decorrentes de outros problemas evitáveis, como o tabagismo dos pais e o alcoolismo precoce, a obesidade e os problemas dentais estão desviando recursos humanos, materiais e financeiros que poderiam estar sendo usados para tratar de doenças mais graves, segundo o diretor do hospital, Steve Ryan.

"Isto não deveria estar acontecendo. Essas crianças não deveriam estar sofrendo destes problemas e não deveriam estar aqui neste hospital", disse ele à BBC. "Talvez esta seja uma geração que vá morrer antes de seus pais."
A estimativa é de que esses problemas custem ao sistema mais de US$ 1,5 milhão por ano.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/04/100414_meninoobesoml.shtml

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pet Scan e Consumo de glicose

A partir de junho, o exame PET Scan terá a cobertura dos planos de saúde para diagnóstico de câncer de pulmão, segundo resolução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O assunto será um dos temas do XXV Congresso Brasileiro de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem Molecular, que acontece entre 4 e 7 de setembro de 2010, em Belém do Pará.

O câncer de pulmão é o tipo mais comum no mundo e responsável pela maior mortalidade por câncer em pacientes do sexo masculino. Segundo a última estimativa mundial, em 2008, chegou a quase 1 milhão e meio de óbitos, sendo 52% em países desenvolvidos. O número de casos novos de câncer de pulmão estimados para o Brasil, em 2008, era de mais de 27 mil casos. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19 casos novos a cada 100 mil homens e de 10 para cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de pulmão é o terceiro mais frequente no Brasil.

“O PET/CT é o mais moderno exame da Medicina Nuclear e consolidou papel fundamental no diagnóstico e no tratamento de pacientes com câncer”, afirma o Dr. José Soares Jr, presidente da SBBMN. O método consiste basicamente em fundir imagens funcionais, altamente sensíveis, com imagens anatômicas de alta resolução da tomografia computadorizada. Em paciente com câncer, isso resulta em imagens de corpo inteiro em todas as áreas com tumor metabolicamente ativo, com alguns milímetros apenas, que permitem avaliar, ao mesmo tempo, presença, localização, detalhes morfológicos e funcionais dessas áreas.

Os tumores malignos consomem glicose avidamente e é isso que faz com que sejam detectados através do PET Scan com glicose marca, viabilizando a avaliação do metabolismo de órgãos “in vivo”. De modo geral, a PET/CT permite diferenciar lesões benignas de malignas, como avaliação do nódulo pulmonar solitário, definir o estadiamento do câncer e monitorar a resposta ao tratamento. Esses dados são fundamentais para que o médico decida de forma segura e rápida sua conduta, que pode incluir quimioterapia, radioterapia, cirurgia e outros procedimentos.
http://www.hospitalar.com/congressos/ev2390.html

Pet Scan x Glicose

Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET ) Equipe Oncoguia Última atualização: 27/01/2010

O PET Scan (ou PET/CT), é a sigla para Positron Emission Tomography ou, em português, Tomografia por Emissão de Pósitrons, é uma modalidade de diagnóstico por imagem que permite avaliar funções importantes do corpo, tais como o fluxo do sangue, o uso do oxigênio, e o metabolismo do açúcar (glicose), ajudando aos médicos a avaliar como os órgãos e os tecidos estão funcionando.

Para que serve
A detecção de anormalidades metabólicas através da tomografia por emissão de pósitrons (PET Scan) tem sido aplicada nas áreas de oncologia, neurologia e cardiologia.

Os avanços na área de diagnósticos por imagem utilizando o PET Scan têm permitido diagnósticos mais precisos de diferentes doenças, possibilitando um planejamento terapêutico mais adequado ao paciente.

O PET scan é realizado para:
Detectar tumores cancerígenos
Determinar se o câncer se espalhou pelo corpo e quanto (metástases)
Avaliar a eficácia de um determinado tratamento, por exemplo, a terapia contra câncer que um paciente recebe
Determinar se o câncer retorna após o tratamento
Determinar o fluxo do sangue que chega ao músculo cardíaco
Determinar a lesão no coração que provocou um infarto cardíaco
Identificar áreas do músculo cardíaco que se potencialmente podem se beneficiar de um procedimento invasivo, por exemplo, angioplastia
Avaliar anormalidades no cérebro, tais como tumores e alterações da memória
Estudar o funcionamento normal do cérebro e coração humanos

http://www.oncoguia.com.br/site/interna.php?cat=86&id=472&menu=2

Metade dos mortos de SP por gripe A era doente crônico

08/04/2010 - 14h30
São Paulo - Os portadores de doenças crônicas ainda são as maiores vítimas da Influenza A (H1N1), a chamada gripe suína, no Estado de São Paulo: 56% dos óbitos de 2009 foram de pessoas com obesidade, pneumopatias e cardiopatias. É o que revela o levantamento realizado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, divulgado hoje. Os portadores de doenças crônicas fazem parte de um dos grupos prioritários para imunização e devem se vacinar até 23 de abril, junto com gestantes e crianças com idade entre seis meses e dois anos.

O dado demonstra a importância da vacinação para os grupos preferenciais, que devem acompanhar o calendário de imunização. Atualmente, na terceira etapa da campanha, devem tomar a vacina adultos saudáveis entre 20 e 29 anos - são 7,3 milhões de paulistas nesta faixa etária.

"É importante que as pessoas fiquem atentas às datas correspondentes ao seu grupo de vacinação, em especial os portadores de doenças crônicas, cujos estudos apontam como as principais vítimas no ano passado. A vacinação é indispensável", alerta o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

Balanço preliminar aponta que até 1º de abril 2 milhões de pessoas foram imunizadas contra a gripe A em todo o Estado. Só na Capital, mais de 600 mil pessoas receberam a dose. Foram vacinados 577,2 mil trabalhadores da saúde, 659,3 mil doentes crônicos, 526,2 mil crianças com mais de seis meses e menores de 2 anos, 228,2 mil gestantes e 4,8 mil índios.

Pontos de vacinação
Durante a campanha as pessoas terão à disposição 3.800 pontos de vacinação em todo o Estado, localizados nas Unidades Básicas de Saúde, que funcionarão de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. Excepcionalmente neste sábado, os postos ficarão abertos no mesmo horário para que a população conte com mais uma data para a imunização. A recomendação é que as pessoas levem a caderneta de vacinação.

De 24 de abril a 7 de maio, quarta etapa, receberão a vacina contra a influenza A (H1N1) os idosos com 60 anos e mais portadores de doenças crônicas. Os demais idosos irão tomar a vacina contra a gripe comum (sazonal). Na última etapa, de 10 a 21 de maio, a população-alvo será os adultos com idades entre 30 e 39 anos. A campanha segue orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina é segura e eficaz. A única contraindicação é para quem tem alergia a ovo de galinha.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/estado/2010/04/08/metade-dos-mortos-de-sp-por-gripe-a-era-doente-cronico.jhtm

Exemplo dos pais é fundamental na boa alimentação infantil

Nutricionista dá dicas de como inserir alimentos saudáveis na dieta da criança.
“Meu filho não come!”. Essa é uma das principais queixas dos pais de crianças em idade pré-escolar (entre 1 e 6 anos). Em alguns casos o assunto requer preocupação e investigação para saber se há um problema mais sério. Mas, na maioria das vezes, de acordo com Thelma Fernandes Feltrin Rodrigues, especialista em nutrição, a questão está ligada aos hábitos alimentares da família.

“Os filhos espelham os hábitos e os costumes dos pais, portanto, não dá para exigir que eles comam verduras e legumes se esses alimentos não fazem parte do cardápio da casa. Por não apreciarem determinadas hortaliças, alguns pais não compram, não preparam e não oferecem às crianças”, observa.

Thelma diz que a criança está experimentando novidades nessa fase de transição, passa a ter acesso às guloseimas propagandeadas pela mídia e começa a deixar de lado os hábitos saudáveis – ingestões de sopas e de sucos – de quando era bebê. “É muito importante sentar- se na mesa e comer junto com a criança os alimentos que ela rejeita. Vendo os outros integrantes da família comer, a criança voltará a experimentar”, explica.

Os pais devem explicar para os filhos, desde cedo, a importância de se ter uma dieta saudável e variada, dizendo (em linguagem apropriada) que os alimentos vão ajudá-los a crescerem fortes e com os cabelos e as unhas mais bonitos. Nos casos mais difíceis, Thelma aconselha recorrer a um nutricionista, que pode ajudar dando dicas de preparo de pratos saborosos com os ingredientes que a criança recusa. O momento das refeições, segundo a especialista, deve ser agradável e prazeroso, devendo-se evitar o desvio da atenção da criança com televisão ou brinquedos.

O que não pode faltar?
Todos os nutrientes, como as vitaminas, os minerais, as proteínas, as gorduras e os carboidratos, são essenciais para o bom desenvolvimento neuropsicomotor e o crescimento adequado dos filhos, por isso, é tão importante uma alimentação contrabalançada e variada.

“São durante os primeiros anos de vida que a criança forma hábitos alimentares, portanto, uma alimentação saudável e equilibrada, incentivada precocemente, trará reflexos positivos em sua saúde. As mães não podem se esquecer de oferecerem diariamente aos seus filhos cereais, grãos, frutas, laticínios, carnes, legumes e verduras. Além disso, a oferta de água é fundamental ao bom funcionamento do organismo infantil”, enumera a nutricionista.

A alimentação saudável, segundo a especialista, deve ser priorizada desde os primeiros meses de vida da criança, logo após o período de aleitamento materno exclusivo, que deve durar até o sexto mês de vida. Aos poucos, após essa fase, o pediatra deve orientar a introdução de novos alimentos, como sucos naturais e papas de frutas frescas, de legumes e de carnes.

De acordo com a nutricionista, chocolates, guloseimas e fast foods devem ser limitados. Não é preciso proibir, mas a criança precisa saber que esses produtos não podem ser consumidos todos os dias. Thelma alerta ainda para que os pais não utilizem alimentos com muito açúcar como recompensas, pois oferecer balas, pirulitos e chocolates quando o filho come toda a refeição é um erro. “Esses alimentos são altamente calóricos e contribuem muito para o surgimento da obesidade na infância”, esclarece.
http://oqueeutenho.uol.com.br/portal/2010/04/09/exemplo-dos-pais-e-fundamental-na-boa-alimentacao-infantil/

Gripe suína

09/04/2010 - 15h09
País teve 50 mortes por gripe suína desde o início do ano

Desde o início do ano, o país registrou 50 mortes por gripe suína, ou influenza A (H1N1). Metade das vítimas residia no Pará (25), segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde.

As outras ocorreram nos seguintes Estados: Paraná (8), Amazonas (6), Amapá (2), Maranhão (2), Minas Gerais (2), Goiás (1), Piauí (1), Ceará (1), Paraíba (1) e São Paulo (1). A maioria das vítimas (72%) era mulher.

Também foram registrados 361 casos de pessoas internadas com doença respiratória grave em todo o país até o último dia 3. Mais da metade (56,2%) na região Norte (203 casos).

Vacinação
O balanço parcial da campanha de vacinação, anunciado hoje pelo ministro José Gomes Temporão, é de 13,5 milhões de brasileiros imunizados. O total representa cerca de 22% do público-alvo (58 milhões de pessoas) das três primeiras etapas, no período que vai até o dia 23 de abril.

Na primeira fase da campanha, mais de 90% dos trabalhadores de saúde foram imunizados, valor que superou a meta, além de 56% dos indígenas. Na segunda etapa, 66% das crianças de até 2 anos, 32,8% dos doentes crônicos e 41% das gestantes foram vacinados. Os índices fizeram com que fez a pasta prorrogasse a etapa até 23 de abril. Cerca de 10% dos jovens de 20 a 29 anos - alvos da terceira fase - já receberam a vacina.

Neste sábado (10), o governo federal promove o “Dia Nacional de Vacinação contra a Gripe H1N1”. Todos os 36 mil postos de vacinação do país deverão estar abertos para imunização de doentes crônicos com menos de 60 anos, grávidas em qualquer período de gestação, crianças de seis meses a menores de dois anos e adultos de 20 a 29 anos. "Vou tirar meus quatro filhos da cama bem cedo amanhã e levá-los para se vacinar no Rio", comentou Temporão em entrevista coletiva à imprensa.

De 24 de abril a 7 de maio, está prevista a imunização de pessoas com mais de 60 anos que sofrem doenças crônicas. A última etapa, de 10 a 21 de maio, é voltada para a população de 30 a 39 anos. O Ministério adquiriu 113 milhões de doses para vacinar 91 milhões de pessoas contra gripe pandêmica. A meta é imunizar pelo menos 80% desse público-alvo.

Segurança
No evento, o ministro também enfatizou a segurança da vacina, chamando a atenção para "mitos e disparates" divulgados pela internet. "Não houve nenhum registro de complicação até agora", afirmou. Apenas sintomas como mal-estar passageiro e dor local têm sido relatados, segundo ele. A vacina é contraindicada para quem tem alergia ao ovo.

Em 2009, a gripe suína causou 43 mil casos graves e 2.051 mortes no país. Nas gestantes, a mortalidade foi 50% maior que na população geral.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/04/09/pais-teve-50-mortes-por-gripe-suina-desde-o-inicio-do-ano.jhtm

Câncer e carboidrato de alto índice glicêmico

Em setembro passado fizemos diversas visitas a pesquisadores que trabalham com nutrição e câncer. Alguns textos e livros começaram a surgir afirmando que carboidratos de alto índice glicêmico principalmente poderiam causar câncer. Índice glicêmico, de forma simplificada, corresponde à alteração que o carboidrato consumido ocasiona na glicemia, sendo assim, carboidrato de alto índice glicêmico provoca elevação significativa da quantidade de glicose no sangue (glicemia).

Em busca de mais informações começamos nova visita com Dra. Dominique Michaud, formada em Saúde Pública pela Harvard, foi professora associada da Harvard, foi pesquisadora do Instituto Nacional de Câncer dos EUA e hoje está no Imperial College of London.

Dra. Dominique estuda câncer, principalmente de pâncreas e consumo de carboidrato de alto índice glicêmico. Ela coloca que alguns anos atrás ela realizou estudo onde demonstrou que ratos, com câncer de pâncreas, tinham este câncer evoluído de forma mais rapidamente, quando eram mantidos sedentários e submetidos à dieta rica em carboidrato de alto índice glicêmico. No entanto, o grupo de animais que tinha câncer, comia carboidrato de alto índice glicêmico, mas era exercitado, não teve o crescimento do tumor acelerado por este tipo de carboidrato. Ela afirma que este resultado não é suficiente para dizer que o carboidrato de alto índice glicêmico provoca o crescimento de células cancerígenas, principalmente porque, segundo ela mesma, nenhum outro pesquisador foi capaz de replicar estes dados, isto é, só ela mostrou esta relação de câncer de pâncreas e carboidrato de alto índice glicêmico. Segundo a Dra. Dominique, os estudos têm demonstrado que o consumo de carboidrato só acelera o crescimento de células cancerígenas em animais, ou humanos obesos, sedentários e diabéticos.

Segundo ela, mais estudos são necessários para comprovar a relação de carboidrato e câncer de pâncreas, mas ela afirma que o carboidrato de alto índice glicêmico por si só não é capaz de iniciar o processo de formação de células cancerígenas.
http://nutritips.blog.uol.com.br/arch2010-04-11_2010-04-17.html#2010_04-12_08_56_59-144488267-0

Algas

Dieta rica em sushi pode modificar genes da flora intestinal humana

Estudo examinou algas vermelhas 'Porphyra'
Uma dieta rica em comida japonesa, como os tradicionais sushis, pode transferir genes de bactérias marinhas para a flora intestinal humana, permitindo a absorção de nutrientes que de outra forma o corpo humano não conseguiria digerir, indica um estudo publicado na revista científica Nature.

Segundo os pesquisadores da Universidade Pierre et Marie Curie (UPMC), em Paris, ao comer as algas, as pessoas também ingerem bactérias marinhas que contêm o código genético para secretar uma enzima digestiva capaz de "quebrar" as algas em moléculas menores.

Os cientistas apontam que esses gentes são benéficos para o ser humano, porque permitem a absorção de nutrientes das algas que provavelmente não poderiam ser digeridos de outra forma.

Para os especialistas, a descoberta mostra que os alimentos e a maneira como os preparamos têm o potencial de influenciar a flora intestinal do homem.

Em outro artigo publicado na mesma edição da Nature, o microbiologista americano Justin Sonnenburg, da Universidade de Stanford, destaca que o estudo francês mostra ainda a importância de as bactérias da flora humana se adaptarem às constantes mudanças da nossa dieta e nosso ambiente.

Flora
A equipe de cientistas da UPMC, liderada por Jan-Hendrik Hehermann, conseguiu isolar uma nova enzima digestiva encontrada em bactérias que vivem nas algas vermelhas Porphyra, entre as quais está o nori, usado nos sushis.

Examinando centenas de bases de dados genéticas para tentar descobrir onde mais poderiam encontrar essa enzima, os cientistas a acharam em bactérias intestinais de um grupo de 13 japoneses.

"Cinco dessas 13 pessoas tinham este mesmo gene em sua flora intestinal. E o resto apresentou genes similares que codificam enzimas semelhantes", explicou Mirjam Czjzek, também da UPMC.

"Quando examinamos o estudo genômico da flora intestinal de um grupo de americanos, vimos que nenhum deles apresentou o mesmo gene."

Segundo Czjzek, a rota "mais provável" para as bactérias marinhas chegarem ao intestino é a ingestão das algas.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/04/100408_sushigenesml.shtml

Mídia veicula visão otimista sobre o câncer

12 de abril de 2010 (Bibliomed). O câncer constitui um tema comumente noticiado pela mídia. Aproximadamente metade dos norte-americanos com câncer morre em decorrência da doença ou de complicações relacionadas. Entretanto, não se sabe se as notícias da mídia refletem esta realidade.

A revista Archives of Internal Medicine publicou em seu último número um estudo realizado na Universidade da Pensilvânia (EUA) que avaliou a cobertura da mídia quanto ao tratamento e aos desfechos do câncer. Foram avaliados 8 jornais e 5 revistas de grande impacto, sendo encontrados 436 artigos sobre câncer; 32,1% dos artigos enfocaram a sobrevida e apenas 7,6% abordaram a mortalidade.

Nos resultados observados, apenas 13,1% dos artigos relataram que os tratamentos agressivos para o câncer podem falhar e 30% afirmaram que os tratamentos agressivos podem resultar em efeitos adversos. Embora a maioria dos artigos (57,1%) tenha discutido exclusivamente os tratamentos agressivos, quase nenhum (0,5%) abordou o tema cuidados paliativos exclusivamente e apenas poucos (2,5%) discutiram ambos os temas. Estes dados indicam que as reportagens sobre o câncer discutem frequentemente tratamentos agressivos e sobrevida, mas raramente abordam falha terapêutica, efeitos adversos, cuidados paliativos ou morte.

Segundo os autores, esta representação do câncer na mídia pode fornecer aos pacientes uma visão inapropriadamente otimista sobre tratamento, desfechos e prognóstico do câncer.

Fonte: Archives of Internal Medicine, Volume 170, Number 6, 2010, Pages 515-518.
Copyright © 2010 Bibliomed, Inc.
http://bibliomed.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=7579&mode=browse

domingo, 4 de abril de 2010

Cientistas propõem imposto sobre açúcar para reduzir consumo de doces

Claudia Varejão Wallin
De Estocolmo para a BBC Brasil

O país tem o índice mais alto de consumo de balas e doces do mundo
Cientistas do prestigiado Instituto Karolinska, da Suécia, decidiram propor a criação de um "imposto do açúcar" no país, a fim de reduzir o índice de consumo de balas e doces pela população – que seria, segundo eles, o mais alto do mundo.

"Já é hora de a Suécia debater um imposto do açúcar, e usar o dinheiro arrecadado para reduzir os preços de frutas e verduras", dizem os pesquisadores, em artigo publicado nesta semana no jornal sueco Dagens Nyheter.

O texto afirma que os suecos são os maiores consumidores globais de balas, doces e chocolates. O total seria de quase 17 quilos por pessoa ao ano. Também a cada ano, os suecos consomem em média 90 litros de refrigerantes e outras bebidas à base de açúcar.

Em entrevista à BBC Brasil, o cientista Lennart Levi, um dos autores do artigo e também deputado do Parlamento sueco, afirmou que levará a proposta de criação do imposto do açúcar ao governo sueco. Segundo ele, o objetivo central é alertar as pessoas sobre as consequências graves do alto consumo de açúcar:

"As pessoas gostam de coisas doces, mas é impressionante a ignorância generalizada de que o consumo elevado de balas, doces, refrigerantes e bebidas à base de açúcar representam uma exposição desnecessária ao risco de morte prematura como resultado de diabetes, câncer e ataques cardíacos", ressaltou Levi, Professor Emérito do Instituto Karolinska.

'Proposta realista'
Segundo ele, não se trata de proibir, e sim reduzir o consumo de açúcar. De acordo com os cientistas, o exemplo do tabaco e do fumo é prova do êxito da iniciativa de aplicar mecanismos de preço e impostos para reduzir o consumo.

Na Suécia, a introdução de altas taxas sobre os cigarros fez o país conquistar um dos mais baixos índices de fumantes do mundo, em torno de 12% da população.

"O governo tem vários instrumentos à sua disposição para alterar padrões indesejáveis de consumo: informação, impostos e subvenções, leis e normas, apoio direto, pesquisa científica e educação. No trabalho contra o consumo de cigarros e álcool, o governo usou todos estes instrumentos. O mesmo deve ser feito contra a obesidade e seus riscos", diz o artigo, observando que os preços de balas e refrigerantes não aumentaram tanto quanto os de frutas e verduras entre 1985 e 2008.

Para Lennart Levi, a proposta do imposto sobre o açúcar é “realista”.

"Não é nada muito dramático. Basta introduzir um elevado imposto sobre balas, doces, refrigerantes e outras bebidas à base de açúcar", disse ele.

No artigo do jornal Dagens Nyheter, os autores indicam que Noruega, Dinamarca e Islândia já introduziram algum tipo de imposto sobre refrigerantes e determinados alimentos de alto teor de açúcar, e que a Finlândia planeja fazer o mesmo ainda este ano.

Na Suécia, de acordo com os autores do artigo, a população consome o dobro da média europeia de balas e doces.

Segundo estatísticas do Instituto Nacional de Saúde Pública da Suécia (Folkhälsöinstitutet), mais de dez por cento da população adulta do país é classificada como obesa. Entre as crianças, o índice é de três a cinco por cento - o dobro dos números registrados em 1990.

O artigo observa ainda que, de acordo com a Agência Nacional de Alimentos (Livsmedelsverket), quase 25 por cento da energia consumida por crianças de até 15 anos de idade provém de alimentos ricos em gordura e açúcar e de baixo teor de nutrição.

"É claro que praticar exercícios é importante, mas na realidade a questão é reduzir o consumo deste tipo de alimentos", observa o artigo.

Além de Lennart Levi, o artigo é assinado pelos cientistas Claude Marcus e Stephan Rössner. O artigo teve ainda a contribuição de André Persson e Thomas Hedlund, autores do popular livro Godis år folket ("Balas para o povo", em tradução livre).
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/04/100401_imposto_acucar_cv_np.shtml

Algas marinhas podem reduzir obesidade

Fibra da alga marinha pode ajudar corpo a absorver menos gordura
Uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha afirma que algas marinhas podem ser usadas para combater a obesidade.

A equipe de cientistas da Universidade de Newcastle descobriu que os alginatos, uma fibra extraída das algas, ajudam o corpo a reduzir a absorção de gordura em até 75%. O índice é melhor do que a maioria dos tratamentos contra obesidade.

Os cientistas estão fazendo testes com a fibra adicionada a pão, para determinar o efeito que ela teria em uma dieta normal.

"Essa pesquisa sugere que se nós podemos adicionar fibras naturais a produtos usados diariamente, como pães, biscoitos e iogurtes, até três quartos da gordura contida em uma refeição podem passar diretamente pelo corpo", afirma Iain Brownlee, da equipe de pesquisadores de Newcastle.

"Nós já adicionamos o alginato ao pão e testes iniciais de gosto têm sido extremamente animadores."

Estômago artificial
Os cientistas usaram um "estômago artificial" para testar a eficácia dos 60 tipos diferentes de fibras naturais ao medir o quanto cada um afeta a digestão da gordura. O estômago artificial é um aparelho que replica as reações físicas e químicas do estômago humano.

As descobertas foram apresentadas na Sociedade Americana de Química, durante uma conferência em San Francisco, nos Estados Unidos.

"Há inúmeros relatos de curas milagrosas para se perder peso, mas apenas alguns poucos casos têm evidência científica sólida para amparar esses relatos."

Alginatos já são atualmente adicionados a alguns alimentos em pequenas quantidades, para aumentar a sua consistência.

Para o diretor do National Obesity Fórum (NOF), uma entidade britânica que reúne médicos e estudiosos, a descoberta é "interessante".

"A pesquisa parece interessante, mas nós só podemos começar a recomendar [as algas] se os cientistas conseguirem gerar boas provas após testes rigorosos."
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/03/100322_alga_gordura_dg.shtml

Compulsão por gordura funciona como vício em cocaína

Pesquisa mostrou efeitos de alimentos gordurosos no cérebro
Uma pesquisa publicada esta semana afirma que os mecanismos do corpo que provocam vício em drogas são os mesmos que geram a compulsão por comer alimentos calóricos.

A pesquisa feita pelo Scripps Research Institute, no Estado americano da Flórida, afirma que, assim como o vício em drogas como cocaína, a compulsão por comidas gordurosas – como doces e frituras – é extremamente difícil de ser combatida.

O estudo, realizado com camundongos, mostra que as partes do cérebro que lidam com o prazer deterioram-se gradualmente na medida em que o consumo vai aumentando.

Essas regiões do cérebro vão respondendo cada vez menos aos estímulos, o que fez com que os camundongos comessem cada vez mais, tornando-se obesos.
O mesmo teste foi realizado com heroína e cocaína, e os ratos responderam da mesma forma.

Obesidade
Para o cientista Paul Kenny, que coordenou a pesquisa de três anos, uma dieta com alimentos gordurosos possui elementos que viciam.
"No estudo, os animais perderam completamente o controle sobre seu hábito de alimentação, o primeiro sinal de vício. Eles continuaram comendo demais mesmo quando antecipavam que receberiam choques elétricos, mostrando o quão estimulados eles estavam para consumir a comida."

A experiência foi feita com alimentos que provocam obesidade se consumidos em excesso, como bacon, salsichas e cheesecakes. Os animais começaram a engordar imediatamente.

O cientista relata que quando a dieta foi trocada por alimentos mais saudáveis, alguns deles se recusaram a comer e preferiram não se alimentar.

Prazer
Depois de analisar o resultado da pesquisa com camundongos, Kenny e sua equipe estudaram os mecanismos que provocam a compulsão.
O receptor D2 responde à dopamina, um neurotransmissor que está relacionado à percepção de prazer – como o provocado por comida, sexo ou drogas.

Quando há excesso no consumo de drogas como cocaína, por exemplo, o cérebro é "inundado" com dopamina, aumentando a sensação de prazer. Um processo semelhante acontece com dietas gordurosas. Com o tempo, no entanto, o cérebro recebe menos dopamina.

A pesquisa foi publicada neste domingo no jornal Nature Neuroscience.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/03/100329_gordura_vicio_dg.shtml

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