segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pet Scan e Consumo de glicose

A partir de junho, o exame PET Scan terá a cobertura dos planos de saúde para diagnóstico de câncer de pulmão, segundo resolução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O assunto será um dos temas do XXV Congresso Brasileiro de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem Molecular, que acontece entre 4 e 7 de setembro de 2010, em Belém do Pará.

O câncer de pulmão é o tipo mais comum no mundo e responsável pela maior mortalidade por câncer em pacientes do sexo masculino. Segundo a última estimativa mundial, em 2008, chegou a quase 1 milhão e meio de óbitos, sendo 52% em países desenvolvidos. O número de casos novos de câncer de pulmão estimados para o Brasil, em 2008, era de mais de 27 mil casos. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19 casos novos a cada 100 mil homens e de 10 para cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de pulmão é o terceiro mais frequente no Brasil.

“O PET/CT é o mais moderno exame da Medicina Nuclear e consolidou papel fundamental no diagnóstico e no tratamento de pacientes com câncer”, afirma o Dr. José Soares Jr, presidente da SBBMN. O método consiste basicamente em fundir imagens funcionais, altamente sensíveis, com imagens anatômicas de alta resolução da tomografia computadorizada. Em paciente com câncer, isso resulta em imagens de corpo inteiro em todas as áreas com tumor metabolicamente ativo, com alguns milímetros apenas, que permitem avaliar, ao mesmo tempo, presença, localização, detalhes morfológicos e funcionais dessas áreas.

Os tumores malignos consomem glicose avidamente e é isso que faz com que sejam detectados através do PET Scan com glicose marca, viabilizando a avaliação do metabolismo de órgãos “in vivo”. De modo geral, a PET/CT permite diferenciar lesões benignas de malignas, como avaliação do nódulo pulmonar solitário, definir o estadiamento do câncer e monitorar a resposta ao tratamento. Esses dados são fundamentais para que o médico decida de forma segura e rápida sua conduta, que pode incluir quimioterapia, radioterapia, cirurgia e outros procedimentos.
http://www.hospitalar.com/congressos/ev2390.html

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